Namosca estuda a geração Y
Pesquisa realizada pela agência aponta que a juventude nunca teve tanto poder de compra e influência no mercado
Se você tem mais de 30 anos, esqueça, não pertence à tão falada geração Y ou geração da internet, formada, segundo psicólogos, por jovens acostumados a conseguirem o que querem, que não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira, lutam por salários ambiciosos desde cedo e estão inseridos em um mercado altamente competitivo. No entanto, essa “turma” vem ocupando cada vez mais os espaços, não só nas empresas, mas também como consumidores em potencial e grandes influenciadores nos hábitos de compra dos pais, principalmente no que se refere a importantes aquisições, como casa e carro, e também em questões tecnológicas.
Para entender as pessoas que integram essa comunidade, cuja classificação mais parece parte de uma equação matemática ou biológica, a agência Namosca desenvolveu uma pesquisa quantitativa, realizada na cidade de São Paulo, com 275 universitários (homens e mulheres) das classes A e B. “Anualmente fazemos um estudo mais amplo sobre o universo jovem justamente para entender as novas gerações e checar algumas hipóteses de comportamento em assuntos relacionados a crenças, marcas, posse e ícones. Tudo isso nos ajuda a traçar um perfil de quem é esse jovem como pessoa, consumidor e profissional”, explica Marcos Calliari, sócio da agência.
Especialista nesse tipo de público, o executivo sustenta a ideia de que essa geração é mal- compreendida, sendo vista como inconsequente e alienada. “Acredito que a sociedade julga muito esses jovens e que é preciso re-educar esse pensamento para que o potencial dessa geração seja melhor aproveitado, tanto como profissional quanto como consumidor. Eles nunca tiveram tanto poder como agora, pois têm mais acesso às informações e às novas tecnologias. Ganhou poder como consumidor e como influenciador”, completa Calliari.
O estudo identificou que os maiores gastos dos jovens são com entretenimento (baladas) e roupas e que seu círculo social, em São Paulo, gira em torno da faculdade. Além disso, entre os mais admirados por esse público estão o tenista Gustavo Kuerten, com 54,6% dos votos, e os atores Wagner Moura, que ficou em segundo lugar, com 46,6%, e Selton Mello, lembrado por 44,3% dos pesquisados. “Se nas décadas de 80 e 90 a juventude valorizava heróis individualistas, poderosos e com um grande saldo bancário, como Donald Trump, por exemplo, hoje os jovens preferem aqueles que apresentam inteligência, empatia, elegância e consciência”, diz o sócio da Namosca.
O apresentador Serginho Groisman e a vereadora Soninha Francine (PPS/SP) são vistos como os que mais entendem a juventude, ambos com 44,3% dos votos, seguidos pelo apresentador Luciano Huck, com 17,2%. Na contramão, aqueles que apresentam menos empatia para esse público são: Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr (48,3%), Mano Brown, do Racionais MC’s (38,5%), Sérgio Malando (36,8%) e Ronaldinho (32,2%).
Fonte: www.revistamarketing.com.br
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